segunda-feira, 29 de junho de 2009

Por Causa dos Compromissos

Opa.
Voltei, Suposto.
Pra avisar, convidar pruma série de eventos da qual vou participar a partir de hoje. Anotaí, e, se der pra aparece n'algum, seja bem-vindo:

Hoje, segunda, 29 de junho:
Daquiumpouquinho, às 19h, a convite do professor e poeta Marlon Almeida vou participar de um bate-papo com alunos do EJA do colégio Aplicação da UFRGS aqui de Porto Alegre.

Amanhã, terça, 30 de junho:
Às 17h participo da Feira do Livro de Canoas, junto com o Nélson Saffi. Programação aberta pra quem quiser chegar. Eu e o Nélson vamos batepapear e ele vai fazer algumas leituras de contos meus, que não são leituras, são interpretações.

Quinta, 2 de julho:
Das 14 às 16h30 minutos, serei o Escritor convidado do Escritor na Praça, evento da Off Flip, lá em Parati. É uma sessão de autógrafos a céu aberto que vai rolar durante o período da Flip, no meio da praça.

Na mesma Quinta, 2 de julho:
Aí, às 19h50, segundo o folder, eu e o Rodrigo Rosp faremos leituras de contos do Azar do Personagem e da Virgem Que não Conhecia Picasso num evento chamado Conversa de Botquim, também parte da programção da Off Flip. Essa função vai rolar no Dinho's Bar.

Na outra sexta, 10 de julho:
Às 19h. Tem sarau em homenagem a Rilke no Instituto Goethe aqui de Porto Alegre. E eu não vou ler Rilke, mas fui convidado para apresentar este vídeo aqui. Então, lerei um vídeo.

Por hora, por dia e por semana, Suposto Leitor, é isso aí.
Aparece.

sábado, 27 de junho de 2009

Por Causa dos Spam

Rapaz, e não é que eu fui censurado?
Sério.
Segunda ou terça passada, recebi um e-mail do Google me avisando que este blogue aqui estava bloqueado ou coisa parecida porque era um blogue de spam.

Quê?

Blog de spam?

A primeira coisa que eu pensei em fazer foi mandar um e-mail de volta com o link disso aqui que eu escrevi no ano passado. Mas daí pensei Se eu quietinho aqui no meu canto já sou acusado de spameiro, imagina mandando link pros caras. Daí danou. Sou banido da Internet.

Respirei fundo e fui ler com mais calma o e-mail do Google (acho engraçado receber e-mail do Google). Mas fui ler até pra entender que coisa é essa de blogue de spam. Eu, na minha ignorância, achava que spam = e-mail. Mas não. Eis o que informavam meus interpeladores:

O que são blogs de spam?
Assim como muitas ferramentas eficientes, os serviços de blog também podem ser bem utilizados ou utilizados de forma abusiva. A facilidade de se criar e atualizar páginas da web com o Blogger o tornou particularmente suscetível a um tipo de atividade conhecida como
spam de links. Blogs que adotam esse comportamento são chamados de blogs de spam e suas características incluem conteúdo irrelevante, repetitivo ou sem sentido, além de um grande número de links que costumam levar a um mesmo site.
Os blogs de spam causam vários problemas, que vão além da mera perda de alguns segundos do seu tempo ao se deparar com um deles na rede. Eles podem obstruir mecanismos de pesquisa, tornando difícil encontrar conteúdo real nos assuntos de seu interesse. Eles podem se utilizar de conteúdos de outros sites da web, usando textos de outras pessoas para dar a impressão de que possuem informações úteis. Além disso, se um sistema automatizado cria postagens de spam em um volume extremamente alto, pode influenciar na velocidade e na qualidade do serviço oferecido a outros usuários, legítimos
.


Pois é, daí eu fiquei até um pouco magoado de saber que eu coloco aqui conteúdo irrelevante, repetitivo ou sem sentido. , mas vem cá, irrelevante pra quem, seu Google? O blogue não é o tal do diário virtual? Alguém já analisou a relevância do conteúdo das meninas que escrevem diários? E o Suposto vem de vez em quando aqui ler. Então já é relevante pra ele e pra mim.

Mas também dizia que eu podia ser repetitivo. Posso ser chato, mas não repetitivo. Às vezes até me penalizo por não falar mais por causa dos elefantes, que, afinal de contas é a origem disso aqui. Ou sobre o seu Cachorro do R., o primeiro e único herói que apareceu neste espaço irrelevante e repetitivo.

E, ainda por cima, também me chamaram de sem sentido. Ah, para, querem o quê? Que todos os blogues sejam relevantes e com o sentido da vida? Sugiro ao Google que procure no Google por sentido se ele quer encontrar em algum lugar. Aqui, garanto que não vai achar.

Bem, mas já que falei de falta de sentido, essa história toda ficou ainda mais sem pé nem cabeça quando li mais um pedaço da mensagem que me censurou. Ó só:

Os robôs de prevenção contra spam do Blogger detectaram que seu blog possui características de um blog de spams. (O que é um blog de spams?) Uma vez que você está lendo esta seção, seu blog provavelmente não é um blog de spams. A detecção automática de spams é inerentemente confusa. Pedimos desculpas por este falso sinal positivo.
Recebemos sua solicitação de desbloqueio em 22 de Junho de 2009. Em nome dos robôs, desculpamo-nos por bloquear seu blog, que não é de spams. Aguarde enquanto analisamos seu blog e verificamos se ele não é um blog de spams.


Tchê louco! Foram robôs confusos que me detectaram como um spam. E, mais do que isso, os caras já saíram na frente, se desculpando pelo erro, dizendo que veja bem, enganos acontecem, foi mal aí, meu velho.

Mas peraí:
Se eu tenho um site que vende extensor peniano e mando aquele e-mail pra uma listinha de 20 mil contatos, anunciando que tem produto novo e aproveitando pra avisar, olha, talvez você não esteja interessado nesse assunto, essa é uma mensagem automática, se quiser a gente não manda mais, mas como eu ia dizendo, se eu faço isso, se mando e-mail pra desconhecidos, falando coisa que eles não querem, isso é um spam, ?

E o que é que os robôs fizeram comigo? Não mandaram um e-mail me chamando de blogue de spam, dizendo que provavelmente eu não sou um blogue de spam e que isso é automático, patati, patatá?

Entonces: não tem mais alguém aí também mandando spans, hein, seu Google?

Bom, mas tamos de volta.
E se esse texto aqui não for caracterizado como spam ou vírus ou bobo, feio, chato, irrelevante e repetitivo, escreveremos de novo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Por Causa da Verdade Consagrada

Quem já ouviu dizer que livro não vende no Brasil põe o dedo aqui (e depois limpa o monitor, que dedo na tela marca). Mas essa não é uma verdade consagrada mesmo? Pois essa verdade consagrada me botou em confusão na segunda-feira.

Acontece que era o dia em que começava a venda de ingressos pra FLIP. Mais do que isso, e aí vem a confusão, era o dia em que começava e também acabava a venda de ingressos. Talvez o Suposto Leitor, morrendo de saudade porque andei sumido, já esteja com uma pergunta: o quê? A FLIP decidiu vender os ingressos durante apenas um dia?

Não, Suposto, mas se a organização tivesse tomado essa mediada, provavelmente não perderia dinheiro. Porque os ingressos praticamente acabaram na segunda. E eu quase fico sem ingressos.

É aí que eu não entendo aquela verdade consagrada ali de cima: que no Brasil livro não vende.

Suposto, acompanha aqui meu raciocínio:
Se o site do Ingresso Rápido (será que é pela velocidade com que os tickets desaparecem?) ficou inavegável das 10 às 12h;
Se o telefone do Ingresso Rápido (com certeza não é pela velocidade no atendimento), ficou ocupado das 10 às 12h15 (quando eu fui atendido);
Se o sistema da FNAC – que era ponto de venda – deu pau no Brasil todo;
Se na FNAC de Curitiba tinha fila de 200 pessoas esperando o sistema voltar;
Se na FNAC Morumbi tinha outras 300.
E se, quando, às 12h30, mais ou menos, quando consegui comprar ingressos na FNAC, os bilhetes pra Tenda dos Autores das mesas do Lobo Antunes, do Chico Buarque e do Gay Talese já tinha se esgotado;

Pois se tudo isso, como é que livro não vende no Brasil, Suposto?

E mais números (apesar de estar falando sobre letras, estou matemático hoje): TODOS, assim, em caps lock, TODOS os ingressos do Lobo Antunes, os mais de 800 da Tenda dos Autores e os mil e poucos da Tenda do Telão, pois TODOS os ingressos do Lobo Antunes estavam vendidos até às 13h30 (quando venci a fila de 70 ligações da espera no telefone da Ingresso Bem Rápido, hein?). Ou seja, em três horas e meia, mais de 2000 ingressos pra ver o português, mesmo que por telão, tinham sido comercializados. Assim como os da mesa do Chico + Hatoum, do Gay Talese e de algumas outras mesas.

Tchê, em três horas e pouco, acho que quase 10 mil ingressos pra ver escritores tinham ido pro saco.

E às 14h30, quando resolvi, por curiosidade mórbida, ver como andavam as possibilidades de compras no site da Ingresso Rápido Que Tá Acabando, descobri que praticamente TODAS as mesas não tinha mais entradas pra Tenda dos Autores. E muitas também já tinham também o “esgotado” piscando pra Tenda do Telão. Suposto, acompanha meus números: se são 19 mesas, e são, isso quer dizer que, em quatro horas e meia, uns 15 ou 20 mil ingressos foram vendidos.

O Radiohead precisou de mais de um mês pra vender isso no Rio de Janeiro.
O Oasis não teve esse público em Porto Alegre.
O R.E.M acho que ficou foi por aí.

Dá pra entender por que é que eu me atrapalhei com aquela consagrada frase de que livro não vende no Brasil? Pô, livro não vende, mas escritor vende bem pra caramba. Que paradoxo, né? Porque a gente não tá falando aqui só de pop stars como o Chico, que talvez arraste público, porque escreve bem, mas também, porque canta bem, porque compõe bem ou porque continua muito bem por causa dos olhos azuis.

Não.

Tem escritores jovens ou escritores que eu não conhecia até aparecerem na programação da FLIP deste ano. Aliás, fui comprar o livro de alguns autores e tive que encomendar porque não tinha em estoque. E não é porque já tinham vendido tudo. É porque ninguém compra os livros dos sujeitos.

Que coisa, né?

O ingresso não dá pra comprar porque vendeu tudo.
O livro não dá pra comprar porque não vendeu nada.

Pior é que não dá nem pro Suposto Leitor me dizer Ah, mas pensa bem, pelo menos todos esses autores devem ter dois mil livros vendidos, se duas mil pessoas querer vê-los. Na-na-ni-na-não, Suposto. Eu que não leio muito, mas não leio pouco já estive em outras edições da FLIP vendo escritores de quem já tinha ouvido falar, mas não tinha lido, ou que haviam despertado minha curiosidade por causa da programação.

E aí cria-se um impasse na vida do escritor. Se o livro não vende, mas ele, o autor vende ingresso, então o negócio pra ganhar a vida como escritor é estar na FLIP, na FLIPORTO, no Festival da Mantiqueira, na Bienal e, peraí, mas aí o sujeito escreve quando? Porque escritor escreve. E eventualmente – às vezes nem eventualmente se for o Veríssimo ou o Rubem Fonseca -, mas eventualmente fala, não? Então o que faz o escritor se pra ganhar a vida ele tem que aparecer em público?

Escreve durante as palestras?

Faz um Big Writer: 16 autores, vigiados dia e noite por câmeras? Será? Em vez de um programa onde todo mundo fala bobagem, um onde todo mundo fica quieto e, talvez escrevendo bobagem?

Ou aumenta o preço dos ingressos e inclui um livro de brinde?

Ou exige que, em vez de, por exemplo identidade, o sujeito apresente uma ficha de leitura de um livro no ato da compra do ingresso?

Ou dá o golpe do baú?
Acho que, se o Suposto Leitor fosse um suposto escritor que falar na FLIP, eu diria assim: capricha na palestra pra ver se vende mais uns livros por lá e não me gasta o cachê em bobagem, que senão não vai dar pra ser escritor.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Por Causa do Ahá!

Ahá! Rapaz, nós seres humanos evoluímos, mesmo, não. Taí, pro Suposto e pra quem mais duvidava, descobri como botar a telinha do YouTube aqui no Porcausa. Agora dá pra ver aqui mesmo. Ah, e Suposto, se quiser ler minha última coluna no CineRonda e a última no Vaia, faça-me o favor de clicar nos títulos dos veículos.