Opa(á), Suposto. Sei, sei que ando meio desaparecidíssimo. Mas é até um pouco disso que quero falar contigo, camarada. E de lançamentos também. O primeiro lançamento é o que tá na imagem clicável daqui debaixo. A brava Não Editora avisa que agora tem Não-e-books. Seus livros eletrônicos já estão a venda nas melhores lojas eletrônicas do ramo. Dá pra saber mais aqui. E, entre os títulos que saem por menos de dez pilas, consta o meu Quero ser Reginaldo Pujol Filho. De certo modo, tou e-lançando um livro, entonces.
Mas tem outros dois lançamentos que, assim como o do amigo Altair Martins, me fazem lembrar da distância entre Portugal e Brasil e de que, sim, estou desparecidíssimo sim, apesar de e-mails, skypes e twitters. Dois bons, talentosíssimos e queridos amigos estão lançando livros nos próximos sete dias. E fazem, assim, Lisboa ainda um pouquinho mais distante de Porto Alegre, nessa hora em que não vou ter como dar um abraço de verdade na Leila (Teixeira) e no Diego (Grando) – logo eu que disse pros meus amigos, nos meus lançamentos, que lançamento é mais importante que aniversário; a gente nunca sabe se vai ter um próximo. Pois bem, então pra dar meu jeitinho de estar por lá, Suposto, venho te intimar a conhecer esses livros que, como diria Silvio Santos, eu não li, mas são muito bons. A Leila tá lançando o primeiro livro dela, Em que coincidentemente se reincide (editora Dublinense) na quarta-feira, 11 de Abril, às 19h, lá na Palavraria. E o Diego, de quem já falei aqui, volta a atacar com seu segundo volume de poemas, Sétima do singular (Não Editora), no dia 17 de abril (terça), às 19h30, na Casa de Ideias (Shopping Total), em Porto Alegre. Se alguém ler isso aqui, Suposto, e aparecer nos eventos, dá dois abraços em cada um deles e avisa que o segundo foi o meu. Eles merecem.
Um comentário:
Caro Reginaldo, este teu blog Por causa de... fez-me lembrar da história do marceneiro. Culpado por – ou por causa de... – ter montado a cama onde sobreviera o coito adúltero. Não fosse o leito esculpido em madeira, não teria havido a traição. Ao menos naquele local. É o que se diz, em tom de crítica sarcástica, de uma tal teoria causal, aplicada no direito, que leva o pomposo nome latino de conditio sine qua non. Não teria havido se... É mais ou menos como tudo na vida. O conjunto de variáveis que faz com que diante de uma dada situação se busque nexos condicionais para justificar a existência de um suposto evento. Suposto. Explico, exemplifico: não haveria Reginaldo, se não houvesse Reginaldo. Ou: se não houvesse este blog, não saberia que o Reginaldo está em Portugal, pelo menos até este momento, não saberia o que ele está pensando ou escrevendo. Não teria, portanto, escrito a ele. Enfim, vivemos em uma complexa e intricada teia de conexões causais, dispostas ao acaso (assim penso). Por causa disso tudo, estamos nos conectando novamente. Por causa de alguém que criou a internet, o computador, e não outro meio de comunicação. Pelo menos neste instante. É a também questão do ponto de vista. O foco na variável certa. Aquela que nos serve, diz o que queremos ouvir. Que reforça nossa convicção e nos aplaina a alma. Como carpinteiros do destino. E da necessidade de sempre estarmos em busca de, por causa de, alguma coisa. Abraços. Gabriel M.
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