Acabo de ler que foram anunciadas as já famosas mudanças no maior prêmio da literatura nacional. Dizem que não, mas é pra responder ao Chico Buarque, Edney Silveste, Cia das Letras e Record.
Mas tudo bem. Se as mudanças vierem para bem.
Quer dizer, eu não estava dando a menor pelota pra essas alterações nas regras do Prêmio. Já tinha lido que se anunciava algo por aí, mas e daí, me perguntava.
Só que vi a manchete: Prêmio Jabuti anuncia aumento do número de categorias, de 21 para 29.
Faz um tempo que eu acho bem engraçado o seguinte: o maior prêmio da literatura nacional, nas suas vinte e uma categorias, reunia, em uma só, Contos&Crônicas.
Tá certo, nem todo mundo consegue distinguir um do outro.
Até o Charles Kiefer me explicar tim-tim por tim-tim as diferenças de uma crônica sobre alhos, de um conto com um personagem chamado bugalhos, eu também não sabia a diferença.
Mas há diferenças.
E muitas.
Tanto é que um se chama Conto. A outra, Crônica. São gêneros diferentes mesmo.
Que o Suposto Leitor, apesar de bem informado, não saiba diferenciar um da outra, vá lá. Mas o maior prêmio da literatura nacional?
Não, né?
Só que não diferenciava.
E aí competiam entre si livros não em condições de desigualdade, mas em condições de esquizofrenia. Era como botar um time de futebol a jogar contra um time de basquete. Ou como querer discutir se pudim é melhor do que feijão, se uma música dos Beatles é melhor do que um filme dos Irmãos Coen. Não dá. São dois universos diferentes se contrapondo, mais ou menos como as facas Ginsu encarando as meias Vivarinas.
Porém o maior prêmio da literatura nacional, há anos e anos, insistia nessa categoria Contos&Crônica, que tanto me lembra a Pizzaria e Churrascaria do Fritz. Vá lá, o Brasil é país da miscelânia, vamos miscelanar os textos curtos, vai ver era essa a explicação para o maior prêmio da literatura nacional fazer essa paçoca de letrinhas.
Mas, como eu dizia, manchetearam: o Prêmio Jabuti anunciou aumento de categorias. De 21 para 29. Rapaz, fui lá ver que, finalmente, o maior prêmio da literatura nacional tinha reparado n&sse detalhe dos Contos&Crônicas.
Apresento as novas 29 categorias:
Tradução; Arquitetura e Urbanismo; Fotografia; Comunicação; Artes; Teoria/Crítica Literária; Projeto Gráfico; Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil; Ilustração; Ciências Exatas; Tecnologia e Informática; Educação; Psicologia e Psicanálise; Reportagem; Didático e Paradidático; Economia, Administração e Negócios; Direito; Biografia; Capa; Poesia; Ciências Humanas; Ciências Naturais; Ciências da Saúde; Contos e Crônicas; Infantil; Juvenil; Romance; Turismo e Hotelaria; e Gastronomia.
Opa: não foi dessa vez.
Confesso que não sei quais categorias surgiram, mas vejo que o maior prêmio da literatura nacional reconhecerá o melhor livro de Direito, de Ciências Exatas e também das Naturais e da Saúde. O melhor livro de Gastronomia será prestigiado. Já o de Contos disputará espaço com o de Crônicas mais uma vez. E, como diria o filósofo: e vice-versa.
Mas tudo bem. Se as mudanças vierem para bem.
Quer dizer, eu não estava dando a menor pelota pra essas alterações nas regras do Prêmio. Já tinha lido que se anunciava algo por aí, mas e daí, me perguntava.
Só que vi a manchete: Prêmio Jabuti anuncia aumento do número de categorias, de 21 para 29.
Faz um tempo que eu acho bem engraçado o seguinte: o maior prêmio da literatura nacional, nas suas vinte e uma categorias, reunia, em uma só, Contos&Crônicas.
Tá certo, nem todo mundo consegue distinguir um do outro.
Até o Charles Kiefer me explicar tim-tim por tim-tim as diferenças de uma crônica sobre alhos, de um conto com um personagem chamado bugalhos, eu também não sabia a diferença.
Mas há diferenças.
E muitas.
Tanto é que um se chama Conto. A outra, Crônica. São gêneros diferentes mesmo.
Que o Suposto Leitor, apesar de bem informado, não saiba diferenciar um da outra, vá lá. Mas o maior prêmio da literatura nacional?
Não, né?
Só que não diferenciava.
E aí competiam entre si livros não em condições de desigualdade, mas em condições de esquizofrenia. Era como botar um time de futebol a jogar contra um time de basquete. Ou como querer discutir se pudim é melhor do que feijão, se uma música dos Beatles é melhor do que um filme dos Irmãos Coen. Não dá. São dois universos diferentes se contrapondo, mais ou menos como as facas Ginsu encarando as meias Vivarinas.
Porém o maior prêmio da literatura nacional, há anos e anos, insistia nessa categoria Contos&Crônica, que tanto me lembra a Pizzaria e Churrascaria do Fritz. Vá lá, o Brasil é país da miscelânia, vamos miscelanar os textos curtos, vai ver era essa a explicação para o maior prêmio da literatura nacional fazer essa paçoca de letrinhas.
Mas, como eu dizia, manchetearam: o Prêmio Jabuti anunciou aumento de categorias. De 21 para 29. Rapaz, fui lá ver que, finalmente, o maior prêmio da literatura nacional tinha reparado n&sse detalhe dos Contos&Crônicas.
Apresento as novas 29 categorias:
Tradução; Arquitetura e Urbanismo; Fotografia; Comunicação; Artes; Teoria/Crítica Literária; Projeto Gráfico; Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil; Ilustração; Ciências Exatas; Tecnologia e Informática; Educação; Psicologia e Psicanálise; Reportagem; Didático e Paradidático; Economia, Administração e Negócios; Direito; Biografia; Capa; Poesia; Ciências Humanas; Ciências Naturais; Ciências da Saúde; Contos e Crônicas; Infantil; Juvenil; Romance; Turismo e Hotelaria; e Gastronomia.
Opa: não foi dessa vez.
Confesso que não sei quais categorias surgiram, mas vejo que o maior prêmio da literatura nacional reconhecerá o melhor livro de Direito, de Ciências Exatas e também das Naturais e da Saúde. O melhor livro de Gastronomia será prestigiado. Já o de Contos disputará espaço com o de Crônicas mais uma vez. E, como diria o filósofo: e vice-versa.
3 comentários:
Excelente o post.
Pelo jeito é provável que antes de distinguir conto de crônica o Jabuti ainda decida lançar as categorias auto-ajuda, livro psicografado, melhor orelha (subdividido em orelha paga e orelha de presente) e melhor romance Julia/Sabrina/Bianca. Prioridades são prioridades, poxa!
Bjs.
Pô Reginaldo, crônica é o que o Paulo Santana faz, escreve sobre a realidade. E conto é o que o Paulo Santana faz com a sua visão delirante de realidade.
É verdade, estou pensando em escrever um romance psicografado para conseguir concorrer no Prêmio do Quelônio.
Muito bom o teu texto (escolha o gênero que melhor te aprouver).
Vou assinar na mensagem porque não fiz minha conta no Google.
Abraço,
Nelson Safi
PS: publiquei minha quase-crônica no blog da Palavraria.
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