Entre tantas notícias trágicas que abarrotam jornais e sites, leio a mais trágica de todas:
Impostosobre cerveja pode subir para compensar socorro ao setor elétrico.
Não, só um pouquinho que eu vou ali abrir uma cerveja pra
ler isso com calma. Suposto, isso não é uma notícia, isso é um artigo da lei de
crimes hediondos. Isso deveria dar prisão perpétua com Kaiser Summer quente de
refeição pro sujeito que teve essa ideia. Agora, no balcão do bar, eu vou ter
que pagar a conta da falta de investimento em infraestrutura, é isso? Nós,
pobres brasileiros, que já nem podemos chamar direito o nosso milho fermentado
de cerveja ainda vamos pagar mais caro pra poder tomar um trago geladinho?
Não
tem saída não?
Acho que tem.
Estou aqui bebericando minha cervejinha (e pensado em fazer
estoques antes que assinem esta barbaridade) e vou me acalmando, me
transformando num sujeito construtivo. Não vim aqui só reclamar. Não sou
desses. Quero colaborar, construir, melhor meu país. Eis então, algumas
sugestões para evitar o apagão e também o vermelho no saldo de quem aprecia a
sagrada cervejinha:
1 – Aumentar imposto. Mas da família Sarney, que afinal de
contas a gente também bebe por causa deles.
2 – Encontrar um mané que pague 1 bilhão pela refinaria de
Pasadena.
3 – Ou tentar vender uma refinaria para a Petrobrás.
4 – Aumentar o imposto sobre o clericot.
5 – Outro aumento de imposto: de equipamento de som de
carro. Dor de cabeça por dor de cabeça, vai neles.
6 – Legalizar a maconha. E investir os impostos em energia.
7 – Vender o Mané Garrincha depois da copa. Quem sabe
dizendo para a Petrobrás que é um bom negócio.
8 – Fazer uma Copa do Mundo no Brasil e aproveitar que estes
eventos trazem muitos investimentos para o país e, assim, melhorar nosso
sistema energético.
9 – Lembrar o governo de que é ano de eleição.
10 – Aumentar (ou taxar) o imposto sobre o Big Brother, um
dos maiores responsáveis pelo consumo de energia no Brasil.
11 – Criar um imposto para comentários na internet (talvez
isso resolvesse também os hospitais, a saúde, a educação e o programa
aeroespacial brasileiro).
12 – Cobrar o calote do Eike Batista.
13 – Dar, entre aspas, apoio à Rússia e receber, entre
aspas, um favor de volta.
14 – Aumentar o imposto da bala de borracha, do spray de
pimenta e da bomba de efeito moral, que tem tido muita saída nos últimos
tempos.
15 – Abrir uma cervejinha e esquecer esse estresse todo, que
a luz vai, mas sempre volta.
Viu, tomando uma cervejinha só, já soltei meia-dúzia de
soluções para o país. Se tivessem aumentado o imposto, talvez eu não
conseguisse. Mas agora dá licença, Suposto, que eu vou ali no supermercado
estocar cerveja antes que tenha fila.
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