Alô, Suposto Leitor. Voltei.
Pra convidar pro lançamento do meu livro novo, o Quero ser Reginaldo Pujol Filho. São 10 contos, cada um uma homanegam, uma brincadeira, uma livre-inspiração com um escritor referencial pra mim.
Pois bem, o lançamento será na quarta, 15/12, às 19h30 no Café Cinema do Instituto NT de Cinema (Marquês do Pombal, 1111 - Porto Alegre /RS), como não deixa mentir o convite aqui embaixo:
Pra convidar pro lançamento do meu livro novo, o Quero ser Reginaldo Pujol Filho. São 10 contos, cada um uma homanegam, uma brincadeira, uma livre-inspiração com um escritor referencial pra mim.
Pois bem, o lançamento será na quarta, 15/12, às 19h30 no Café Cinema do Instituto NT de Cinema (Marquês do Pombal, 1111 - Porto Alegre /RS), como não deixa mentir o convite aqui embaixo:
Bueno, e pra entender um pouquito mais como se dá esse livro novo, vai aqui uma pequena amostra. Um trechitio do conto Quero ser Miguel de Cervantes, que abre o livro. Lá vai:
QUERO SER MIGUEL DE CERVANTES (TRECHO)
E diz que existe aquela história do homem que queria ser Miguel de Cervantes. Vivia em algum canto deste Brasil que não posso precisar, não é sabido exatamente quando nasceu, mas contam
que se chamava Maiquel, Mayque, Maicon ou algo parecido e, portanto, não Miguel de Cervantes.
Sabe-se lá o que leva um homem do nosso tempo a querer ser um alguém, mesmo que um grande alguém, do chamado outrora. E, repare, não estamos falando de uma pessoa que se dizia Cervantes como tantos já se disseram Napoleões, Carlotas Joaquinas e outras personalidades de tempos passados. O homem que queria ser Miguel de Cervantes, se a frase não foi clara o suficiente, não se dizia, desejava ser Miguel de Cervantes.
Pois contam que, na falta de uma certidão de nascimento ou de uma carteira de identidade que lhe permitisse realizar esse desejo, certa vez, o sujeito, cabeça raspada imitando uma calva, bigodaços desenhados com régua e estilete, barba pontiaguda ampliando e triangulando o fim do rosto e vestindo bailarinas calças e uma bufante camisa, teria adentrado um cartório de Porto Alegre ouum juizado de Novo Hamburgo e, mal os presentes estranharam aquela figura, tiveram que dobrar seus espantos, pois que a figura bandeirava folhas ao ar e dizia Con quien hablo para cambiar mi nombre? Os dobrados espantos ainda se multiplicariam mais para escrivões, atendentes, funcionários que viram o protocolo de seus olhares ser quebrado pela turma que chegava em companhia do homem que queria ser Miguel de Cervantes: parece que era um mendigo, uma mulher da vida, o guardador de carros da frente do estabelecimento e um homem-estátua que se exibia em uma esquina próxima dali. (Continua)
QUERO SER MIGUEL DE CERVANTES (TRECHO)
E diz que existe aquela história do homem que queria ser Miguel de Cervantes. Vivia em algum canto deste Brasil que não posso precisar, não é sabido exatamente quando nasceu, mas contam
que se chamava Maiquel, Mayque, Maicon ou algo parecido e, portanto, não Miguel de Cervantes.
Sabe-se lá o que leva um homem do nosso tempo a querer ser um alguém, mesmo que um grande alguém, do chamado outrora. E, repare, não estamos falando de uma pessoa que se dizia Cervantes como tantos já se disseram Napoleões, Carlotas Joaquinas e outras personalidades de tempos passados. O homem que queria ser Miguel de Cervantes, se a frase não foi clara o suficiente, não se dizia, desejava ser Miguel de Cervantes.
Pois contam que, na falta de uma certidão de nascimento ou de uma carteira de identidade que lhe permitisse realizar esse desejo, certa vez, o sujeito, cabeça raspada imitando uma calva, bigodaços desenhados com régua e estilete, barba pontiaguda ampliando e triangulando o fim do rosto e vestindo bailarinas calças e uma bufante camisa, teria adentrado um cartório de Porto Alegre ouum juizado de Novo Hamburgo e, mal os presentes estranharam aquela figura, tiveram que dobrar seus espantos, pois que a figura bandeirava folhas ao ar e dizia Con quien hablo para cambiar mi nombre? Os dobrados espantos ainda se multiplicariam mais para escrivões, atendentes, funcionários que viram o protocolo de seus olhares ser quebrado pela turma que chegava em companhia do homem que queria ser Miguel de Cervantes: parece que era um mendigo, uma mulher da vida, o guardador de carros da frente do estabelecimento e um homem-estátua que se exibia em uma esquina próxima dali. (Continua)
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Então é isso. Está o senhor Suposto Leitor e todo mundo muito convidado para aparecer no lançamento. E também para conferir novidades e trechos do livro no @Quero_Ser.
Té mais.
Então é isso. Está o senhor Suposto Leitor e todo mundo muito convidado para aparecer no lançamento. E também para conferir novidades e trechos do livro no @Quero_Ser.
Té mais.
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